segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ESTUDO DA OBRA "NO MUNDO MAIOR" ANDRÉ LUIZ - 30

Vamos analisar um exemplo típico de animismo, em um trabalho mediúnico.

Ambos, André e Calderaro chegaram a uma sessão de trabalho, voltado a oração e desenvolvimento psiquico.

Lá se encontravam vários trabalhadores encarnados e desencarnados.

André foi apresentado a um colega de profissão, enquanto encarnado, este dedicava-se a este trabalho nobre, a fim de auxiliar e incentivar na prática do amor ao próximo, os poucos trabalhadores encarnados que lá se encontravam.

Obs.

É certo que não podemos transformar a terra em um paraíso da noite para o dia, porém de passo a passo, com paciência, dedicação e tarefas fraternas, como esta que nosso amigo presta, poderemos chegar a um mundo melhor, e nos tornar pessoas melhores também.


O irmão narra a Calderaro a dificuldade que encontrava no grupo, em comunicar-se claramente, era-lhe dificil confiar nos trabalhadores presentes, alguns ainda faziam uso do animismo e do misticismo inconsciente.

Chegou o momento do trabalho mediunico.

O irmão médico em questão, aproxima-se de Eulália - médium-, para comunicar-se.

O grupo em geral se encontrava em estado favorável para o trabalho mediúnico, no entanto, Eulália era a que estava em maiores condições de receptividade, mais adiantada do que todos, meiunicamente falando.

Em outras palavras, Eulália era quem mais se aproximava para atender as necessidades do irmão comunicante.

Mas mesmo assim ainda se encontrava distante do ideal,  para que a comunicação fosse perfeita.

  • Seus centros perispirituais não se ligavam inteiramente ao comunicante.
  • Não era capaz de elevar suas frequencias vibratórias, as frequencias do comunicante.
  • Não possui "espaço interior" para comungar idéias e conhecimentos de um "médico".
  • Não compartilha do mesmo entusiasmo pela ciência.

Obs.
Como podemos avaliar, o ideal era que a médium fosse um espirito de pensamentos tão elevados quanto as do comunicante, como também possuísse conhecimentos da medicina, para que a comunicação fosse com a mesma linguagem utilizada pelo espirito comunicante.




Porém a boa vontade de Eulália era infinita, o que colaborava e muito com o sucesso do trabalho.

Obs.
A boa vontade em servir o próximo é o principal portal, para que uma comunicação mediunica obtenha sucesso e proveitos.

O médico comunicante, por sua vez, limita-se em seus conhecimentos intelectuais e cientificos, a fim de realizar o trabalho:



  • Põe de lado a nomenclatura oficial.
  • Põe de lado também, suas técnicas científicas.
  • Limita-se a um vocabulário comum, mais simples e não ao que lhe é peculiar.

Somente assim, a relação entre comunicante e médium, poderia acomtecer.
Ambos valem-se da boa vontade e comunhão mental.
Atenção:
Médium e espírito comunicante, podem ter faculdades idênticas, em termos de conhecimentos específicos, intelectuais, ou qualquer outro tipo de seguimentos, mas em compensação a desigualdade nos graus de capacidade receptiva, pode ser enorme, ou em situações inversas.
Em outras palavras, um médium letrado, pode dar abertura a um espirito também letrado, mas pode existir diferenças de frequencias vibratórias, como também pode acontecer de um letrado, dar abertura a um caboclo, que utiliza de palavras peculiares aos pretos velhos, ou o inverso, um médium de conhecimentos limitados, como um matuto, pode dar abertura a um grande espirito letrado, como por exemplo, Machado de Assis.
Observe que são pessoas, ou melhor espiritos totalmente diferentes, mas se...
Existe a boa vontade em trabalhar para o amor ao proximo, a comunicação sempre será possivel.
É imprescindível a humildade em todas as circunstâncias.
É uma variante como de pessoa a pessoa.
Desculpe interromper os ensinamentos, mas encontrei algo tão lindo que me senti no dever de compartilhar com vocês:

ORAÇÃO DO MATUTO




cbgpaz.blogspot.com/2011/02/oracao-do-matuto-...
Ói Deus, nóis tá sempre pedindo as coisas pro Sinhô.
Nóis pede dinhero , nóis pede trabaio, nóis pede pra chovê...
e se chove demais nóis pede pra pará,  mode a coiêta num afetá.
Nóis pede amô, nóis pede pra casá,
pede casa pra morá, nóis pede saúde,
nóis pede proteção, nóis pede paiz
nóis pede pra dislindá os nó quando as coisa comprica, mode a vida corrê mió.
Quando a coisa aperta nós ora pedindo tudo que nos farta...
É uma pedição sem fim!!!
Se as coisa dá certo, nóis vai na igreja mais perto, canta uns corin de devoção, nóis levanta as mão e coloca no saquinho uns tostão.
Mais hoje, Meu Sinhô Jésus, bateu uma coisa isquisita e eu me puis a matutá...
Nóis pede, pede e pede, mas nóis nunca pergunta:
Comé que o Sinhô está?
Se tá triste ou contente com nóis,
se carece darguma coisa que nóis pode fazê... e por esse esquecimento todo:
O Sinhô há de nos descurpá. Sô muito agradecido pur tudo! Num sô merecedô de coisa arguma. Mais amo o Sinhô, não só pelas coisa que pode me dá, mas pruquê o Sinhô ama nóis demais da conta.
Perdôa as nossas faias.

Amém.
Quanta humildade e simplicidade nestas palavras, mas também quanto amor!!!!É lindo demais!!!

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