quarta-feira, 2 de maio de 2012

ESTUDO DA OBRA "LIBERTAÇÃO" - 30

Diante de tantos argumentos, Gubio não apresentava nenhuma alteração em sua fisionomia, então com humildade considerou, sempre respeitando a posição do sacerdote.

"_  não ignoro que a justiça deve reinar...
não adimites que o amor, instalado nos corações, redimiria todos os pecados?"

Em breves palavras:

Não seria mais eficaz trabalhar nossas energias nos Serviços do Pai Supremo, a fim de atingir a beleza da bondade humana, ao invés de dispor de tantas energias perdidas na maldade?
Alcançaríamos o objetivo mais diretamente, ao invés da redundância de pagar o mal com o mal, para depois de tanto sofrimento, pagar o mal com a dor, caminho final de redenção.

Com firmeza e sem o menor indicio de rever seus conceitos, Gregório replica:

"_ Somos julgadores...
O Cordeiro disse um dia, que não se deve jogar pérolas aos porcos.
Se o Cordeiro solicita a preparação de novos pastores para seu rebanho, então fazemos nossa parte, somos as inteligências vigorosas, especializados em corrigir os delinquentes.
Os Dragões são os gênios conservadores do mundo físico.
Que seria do céu de não vigiássemos o inferno???"

Gubio, sem perturbar-se não entregou o jogo de argumentações, respondeu sem nenhum constrangimento:

Quero lembrar que se trabalhássemos para por fim em toda maldade humana, não existiria mais a miséria, a ignorância, as trevas não teria razão de existir, se apoiássemos todos os delinquentes com provisões de regeneração, o crime seria varrido do Planeta.

Obs.
Gubio em sua mansuetude, deixa claro que Gregório só governava aquela colônia trevosa, porque a Superioridade permitia, estava dentro dos desígnios de Deus, e a partir deste trabalho, a superioridade também tira algum aproveito.

Em cólera, o sacerdote grita:

"_ Cala-te! Insolente!, Sabes que posso punir-te!"

Gubio extraordináriamente, mantinha-se absolutamente calmo, imperturbável.

"_ Sim!!!"

Afirma saber exatamente o perigo que corria, antes de abraçar a tarefa solicitada por Matilde.
Conhecia muito bem as probabilidades de enfrentar a fúria do sacerdote, que ao menor comando, poderia prende-los e tortura-los.
Porém também acreditava nos disígnios de Deus e em suas vontades, e certamente, Este não os desamparia em nenhum momento, por mais difícil que fosse.

Gregório ficou sem ação, diante da coragem de Gubio.

Gubio afirmou ainda mais, que Matilde havia-lhe alertado do perigo eminente, mas também garantiu que o digníssimo sacerdote, embora servidor dos Dragões, ainda era um espírito de caráter e os respeitava, como seres humanos que eram, e que embora por caminhos diferentes, todos almejavam o mesmo final, a perfeição humana.

Diante das palavras de Gubio, o sacerdote acalma-se, então pedi que fossem direto ao assunto pelo qual estavam em visita, pois não tinha tempo a perder.


Humildemente o instrutor relata a pauta.




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