domingo, 3 de julho de 2011

ESTUDO DA OBRA OBREIROS DA VIDA ETERNA - ANDRE LUIZ - 18

DIMAS

Em meio a tantos esclarecimentos, a equipe chegou a uma cidade do interior do Rio de Janeiro, dirigiram-se a pequena casa humilde, onde vivia Dimas, o primeiro irmão a ser socorrido pela equipe de Jeronimo.

Dimas, viveu na mesma colônia de Jerônimo, enquanto desencarnado, reencarnou a cinquenta anos, serviu ao próximo por toda vida na Crosta, desenvolveu faculdades mediúnicas em benefício dos semelhantes necessitados e sofredores.

Agora sofre de mal físico, está próximo seu momento de desencarne.

Em virtude de sua mediúnidade, Dimas sentiu a presença da equipe espiritual, então cerrou os olhos e viu seus amigos com os olhos da alma, em seguida decorrente do estado físico debilitado que se encontrava, com  muita facilidade desligou-se do envoltório físico por alguns momentos, a fim de confraternizar com Jeronimo e amigos.

Dialogaram por algum tempo, Dimas rogava colaboração, sentia-se exausto, mas mantinha-se calmo e confiante na providência Divina.

Recebeu passes magnéticos nas regiões doentias de seu corpo, até sentir-se melhor, mais confortável.

Em seguida a equipe partiu, seguiria para outra visita, mas comprometeu-se em retornar em breve, a fim de leva-lo à Casa Transitória, para prepara-lo a libertação definitiva do corpo físico.

Obs.
Você já sentiu alegria em ver outras pessoas felizes, já sentiu alegria em ver que um irmão se conforta com suas palavras, já sentiu a paz em ajudar um irmão resolver um problema sério, já percebeu a alegria de um doente quando recebe a visita de um amigo, lhe dando forças?
Se não sentiu nada disso na vida, comece a praticar a caridade!
A caridade é geradora de todos estes sentimentos de paz e amor.
A melhor caridade é aquela que realizamos, sem esperar nada em troca, sem esperar gratificação material, e principalmente a gratificação moral.

"Para aquele egoísta, quando se for, seus bens serão motivo de brigas entre os herdeiros. Já para o caridoso, quando isto acontecer, o que era seu já fora repartido entre os mais necessitados em vida, e seu maior bem é aquele que o acompanhará alem desta.”
( Ivan Teorilang )

FABIO

Mais uma vez a equipe estava a caminho do Rio de Janeiro, chegaram à casa de Fabio.

Um bom homem, cumpridor de seus deveres, bom pai, bom marido, servidor nas obras do bem, possuía a tarefa de energizador magnético.
Tinha como hábito realizar o evangelho no lar, assim protegia a família e amigos espirituais.
Mantinha o equilíbrio em todas as circunstâncias da vida, sabia ser feliz, como também mantinha-se equilibrado nos momentos difíceis.

Quando a equipe chegou à casa de Fabio, o encontrou dialogando com seus filhos, preparando-os para a separação carnal entre eles.
Garantindo-lhes proteção material, como também proteção espiritual, nunca os abandonaria, mesmo depois de sua partida.
Solicitava-lhes que nunca deixassem de realizar o culto no lar, pois dariam-lhes proteção sempre, e conforto nos momentos de dificuldades, assim os aproximaria cada vez mais.

Fabio sofria de tuberculose, e agora contava com os amigos espirituais  auxilia-lo no desencarne, que estava próximo, Fabio merecia tal ajuda.

Obs.
Ler o evangelho no lar é acumular paz no coração, é compreender melhor a vida que passa a mostrar para quem ignora, vários prismas por podemos seguir com mais amizade, com mais amor, com mais fraternidade.
Nos favorece em manter a harmonia no lar, fortalecer amizades e respeito pelos amigos e colegas de trabalho, nos ajuda a enxergar que sempre haverá um novo dia, e sempre teremos coragem e motivação para enfrentarmos as mazelas de nossas vidas.
A agua que bebemos é fluidificada, para nos manter saudáveis e calmos.
Nossos amigos espirituais nos energizam através de passes magnéticos que recebemos durante o evangelho, e todos nós, amigos espirituais e necessitados que nos visitam, recebem as Palavras de amor e paz do Mestre Jesus Cristo.

O que é o Evangelho no Lar ?
É uma reunião fraterna dos componentes do Lar, sob o amparo de Jesus.
Por que fazê-lo?
Para bem compreender e sentir o Evangelho, a fim de melhor exemplificá-lo.
Para se criar o hábito salutar de reuniões Evangélicas no Lar, com o objetivo de despertar e acentuar o sentimento de fraternidade que deve existir entre as criaturas.
Para melhor proteção do Lar, através de bons pensamentos ensejando a afluência dos Mensageiros do Bem.
Para a obtenção do amparo necessário que possibilite a superação das dificuldades materiais e espirituais, em consonância com a recomendação “Orai e Vigiai” ensinada por Jesus.


ALBINA

Em seguida partiram para outra visita, a um apartamento em elegante bairro carioca.

Lá vivia Sra. Albina, doce mulher, praticava a caridade modestamente, sem ostentação de glórias ou reconhecimento.



Quem é aquela senhora de ar distinto, de trajes simples mas bem cuidados, seguida de uma jovem que também se veste modestamente? Entra numa casa de aspecto miserável, onde sem dúvida é conhecida, pois à porta é saudada com respeito. Para onde vai? Sobe até a água-furtada: lá vive uma mãe de família, rodeada pelos filhos pequenos. À sua chegada, a alegria brilha naqueles rostos emagrecidos. É que ela vem acalmar todas as suas dores. Traz o necessário, acompanhado de suaves e consoladoras palavras, que fazem aceitar a ajuda sem constrangimentos, pois esses infortunados não são profissionais da mendicância. O pai se encontra no hospital e, durante esse tempo, à mãe não pode suprir as necessidades.

Graças a ela, essas pobres crianças não sofrerão nem frio nem fome; irão à escola suficientemente agasalhados e, no seio da mãe, não faltará o leite para os menorzinhos. Se uma entre elas adoece, não lhe repugnará prestar-lhe os cuidados materiais. Dali seguirá para o hospital, levar ao pai algum consolo e tranqüilizá-lo quanto à sorte da família. Na esquina, uma carruagem a espera, verdadeiro depósito de tudo o que vai levar aos protegidos, que visita sucessivamente. Não lhes pergunta pela crença nem pelas opiniões, porque, para ela, todos os homens são irmãos e filhos de Deus. Finda a visita, ela diz a si mesma: Comecei bem o meu dia. Qual é o seu nome? Onde mora? Ninguém o sabe. Para os infelizes, tem um nome que não revela a ninguém, mas é o anjo da consolação. E, à noite, um concerto de bênçãos se eleva por ela ao Criador: católicos, judeus, protestantes, todos a bendizem.

Por que se veste tão simplesmente? Para não ferir a miséria com o seu luxo. Por que se faz acompanhar da filha adolescente? Para lhe ensinar como se deve praticar a beneficência. A filha também quer fazer a caridade, mas a mãe lhe diz: “Que podes dar, minha filha, se nada tens de teu? Se te entrego alguma coisa para dares aos outros, que mérito terás? Serei eu, na verdade, quem farei a caridade, e tu quem terás o mérito? Isso não é justo. Quando formos visitar os doentes, ajudar-me-ás a cuidar deles, pois dar-lhes cuidados é dar alguma coisa. Isso não te parece suficiente? Nada mais simples: aprende a fazer costuras úteis, e assim confeccionarás roupinhas para essas crianças, podendo dar-lhes alguma coisa de ti mesma”. É assim que esta mãe verdadeiramente cristã vai formando sua filha na prática das virtudes ensinadas pelo Cristo. É espírita? Que importa?


Para o meio em que vive, é a mulher do mundo, pois sua posição o exige; mas ignoram o que ela faz, mesmo porque não lhe interessa outra aprovação que a de Deus e da sua própria consciência. Um dia, porém, uma circunstância imprevista leva à sua casa uma de suas protegidas, para lhe oferecer trabalhos manuais. “Psiu! — diz-lhe ela. Não contes a ninguém!” Assim falava Jesus.

Texto retirado do 'Evangelho Segundo o Espiritismo' (Cap. 13)
Imagem: 'A Caridade' – Zeferino da Costa – 1872




Dedicou-se a formação de crianças e jovens no ideal cristão.

Agora com idade avançada sofre do coração.

Jerônimo aproximou-se de Albina, tocou-lhe a fronte com a destra, imediatamente a irmã sentiu sua presença, então resolveu meditar um pouco sobre os ensinamentos da Bíblia.

Abriu a Bíblia, com auxilio de Jeronimo e leu o capítulo de João Evangelista, sobre a Ressurreição de Lázaro.

Compreendeu exatamente o ensinamento e agradeceu o aprendizado rogando para que todos os entes queridos se encontrem na vida eterna ao lado de Jesus Cristo.

De repente adentra no quarto velha amiga espiritual de Albina, agradece os cuidados prestados pela equipe, mas solicitou o adiamento do processo de desencarne, pois era conveniente e necessário a permanência de Albina na Crosta por mais alguns meses.

Atendendo o pedido da companheira, Jeronimo solicita a retirada da equipe da residência, prometendo visitas periódicas, até o momento oportuno do desencarne corporal de Albina.

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Ante os pequeninos:
Cada pequenino, conquanto seja, via de regra, um espírito adulto, traz o cérebro extremamente sensível pelo fato de estar reiniciando o trabalho da reencarnação, tornando-se, por isso mesmo, um observador rigorista de tudo o que você fala ou faz.







O trabalho de evangelização espírita, como o próprio nome caracteriza, visa oferecer às crianças e aos jovens os conhecimentos trazidos por Jesus e os que a estes complementam, ditados pelos Espíritos e codificados por Allan Kardec, sob a denominação de Espiritismo. Com esses ensinamentos, que formam a síntese das informações que nos levarão à felicidade verdadeira, procuramos atingir os objetivos gerais do próprio trabalho, que é a integração do educando consigo mesmo, com o próximo e com Deus.

CAVALCANTE


A equipe seguiu a outra visita.
Adentraram um hospital, as percepções de André eram diversas.
André observou o movimento intenso de trabalhadores encarnados e desencarnados, pelos corredores do hospital.
Alcançaram uma larga enfermaria, destinada ao atendimento gratuito.
A maioria dos leitos estavam ocupados, todos os pacientes estavam acompanhados por entidades espirituais, algumas eram benfeitores a fim de auxiliar e energizar com bons fluídos os amigos encarnados, outras eram espíritos perseguidores, que além de perturbar os pacientes em estado debilitado também absorvia o resto de energia que possuíam.
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Obs.
Nos diversos hospitais que existem, este ambiente é comum.
A dor e o sofrimento dos pacientes, como também dos familiares, geram sentimentos de desespero e tristeza, por esta razão espíritos vampirescos vivem dentro dos hospitais, sugando energias de pacientes e acompanhantes  em desequilíbrio espiritual.

Aproximaram-se do leito de Cavalcante estava acompanhado de Bonifácio, amigo espiritual, velho conhecido de Jeronimo.

Cavalcante era um homem dedicado ao bem com o próximo, trocou a mordomia supérflua para dedicar-se ao sacrifício em beneficio do irmão necessitado.

Se encontrava no hospital, sem a companhia familiar, mas contava com o amparo de amigos fraternos na missão da caridade, além de confiar no amparo da Divina Misericórdia.

O irmão Cavalcante passaria por intervenção cirúrgica no dia seguinte, portanto necessitava do auxilio da equipe.

Embora Cavalcante fosse em espírito abnegado na tarefa cristã, sua educação religiosa era deficiente quanto a convivência com o mundo espiritual, o que dificultava a assistência de Bonifácio em protege-lo e mante-lo afastado dos perseguidores espirituais, que por sinal eram seus próprios parentes em vida carnal.

Não preparou-se espiritualmente para o desencarne, ainda se encontrava enraizado à matéria e aos entes amados.

Mais uma vez a equipe comprometeu-se em  retornar para completar a missão e partiu para nova tarefa.

ADELAIDE

Após alguns minutos, chegaram a um abrigo de crianças, contavam com muitos trabalhadores do plano espiritual, dentre os trabalhadores, André encontrou nada mais e nada menos do que Nosso Irmão Dr. Bezerra de Menezes, como coordenador daquele lar.

freira-viciada-em-computadorO motivo da visita da equipe era auxiliar Irmã Adelaide, freira, discipulaa de Jesus Cristo, velhinha enfermeira, dedicou-se aos pequeninos sem família por toda vida, seus cabelos brancos revelavam todas as dificuldades  e aflições que passara como irmã serva do Senhor.

Em mediunidade irmã Adelaide, uniu-se ao Dr. Bezerra de Menezes, através do coração.

Sentia-se triste em saber que seu fim na Terra estava próximo, então Dr. Bezerra de Menezes em gesto solidário e de grande amizade, lhe falava otimista:

"Tentarei descriminar o teor de suas palavras tão encorajadoras e amigas."

"Chegara a hora de seu merecido repouso. Confie a Deus seus parentes, amigos e seus orfãos tão amados.
Coloque seu fardo em outros irmãos, que você ensinou na prática do bem, converta suas saudades em esperança e desate os elos mais fortes, atendendo a vontade do Pai.
Seu dever e suas obrigações na Crosta estão findadas, não sinta-se triste, tenha coragem e fé.
Você é feliz, porque está amparada por Deus."

Após palavras tão doces e encorajadoras, Irmã Adelaide sentiu-se melhor.

Então a equipe retirou-se, deixando entendido com Dr. Bezerra de Menezes, quanto a execução da tarefa no dia seguinte.

Obs.

Falar a respeito da morte é sempre muito simples para os espíritas, como no meu caso, trata-se simplesmente de uma passagem para outra dimensão do Universo.
Somos humanos, portanto passivos de erros, isso significa, que não somos perfeitos, nos dando o direito de um momento sem dor, ou sem sacrifícios, durante o processo de desencarne.
Porém se procurarmos seguir os ensinamentos de Jesus, por pequeninos que sejam nossos atos, já teremos o merecimento do auxilio no momento da separação carnal, como no caso dos amigos citados acima.
Eram pessoas comuns, que dedicavam-se ao auxilio ao próximo, mesmo que fosse por poucos instantes.
Vejamos o que podemos fazer para recebermos o bem da cooperação espiritual na hora de nossa morte física:

Sejamos bons com nossos familiares.
Sejamos bons com nossos colegas de trabalho.
Sejamos bons com nossos vizinhos e amigos da comunidade em que vivemos.
Não tentemos enganar, titubear de nosso semelhante, para conseguir algo em troca.
Respeitemos nosso trabalho abençoado, que nos garante o pão de nossa família.
Eduquemos nossos dependentes, para que se tornem pessoas de bem, cumpridores de seus deveres.
Vamos distribuir amor ao nosso redor, com um simples gesto de sorriso sincero.

 
Ver imagem em tamanho grandeVou contar uma história:

Havia um homem bem apessoado, andando pela via pública em um dia de muito frio.
Então sobre uma calçada, dormindo ao relento encontrava-se um outro homem, tremia de frio e sentia muita fome.
Este primeiro homem, mesmo não sendo religioso, por um instante se compadeceu deste irmão, então tirou um de seus casacos e agasalhou seu próximo, ofertando-lhe também um prato de sopa quente, que havia comprado em uma padaria próxima.
Passaram-se os anos, até que nosso amigo generoso desencarnou.
Se tratava de um homem comum, cuidava muito bem de sua vida, pouco se importava com os problemas alheios.
Portanto em seu desencarne, viu-se perseguido por espiritos afins, sentindo0se desprotegido e desamparado.
No momento em que seria castigado pela legião de espiritos inferiores, apór a hora derradeira, escutou-se um grito:
"-Ningém toca em meu amigo!"
Era o mendigo que um dia ajudou, sem saber mesmo porque fez aquilo.
Este o acolheu e o encaminhou a um abrigo seguro, onde receberia ajuda e amparo.

Por isso eu digo, não custa nada um pequeno gesto de amor ao proximo, mesmo que seja pequenino, ficará registrado em nossa vida eternamente.


Lembre-se,
é DEUS quem coloca você
diante do irmão necessitado
pra sentir a extensão de teu amor
e a grandeza de tua humildade.
Portanto não despreze e nem humilhe,
ame-o com a mesma dimensão
que Deus vos tem amado.

José Augusto Cavalcante


Caridade segundo Apóstolo Paulo declamada por Carlos Vereza.

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